CINECLUBE EM MIMOSO DO SUL: 21/07/2025

No dia 21 de julho de 2025, às 19 horas, em Mimoso do Sul/ES, o cineclube UAF/FACA exibe o documentário Viver a Utopia, em memória de mais um aniversário da Revolução Social Espanhola de 1936. Um tributo à coragem e à organização das trabalhadoras e trabalhadores que ousaram construir uma nova sociedade, baseada na autogestão, solidariedade e liberdade.

Convidamos todas e todos para este momento de celebração, memória e luta. Inscrições pelo e-mail: fedca@riseup.net.

¡Viva la Revolución Social!

Federação Anarquista Capixaba – FACA

Capitalismo e o Colapso Ecológico Anunciado

Os dados alarmantes divulgados neste ano de 2025 pela Organização Meteorológica Mundial – o mar em superaquecimento, 1,4 milhão de deslocados por eventos climáticos extremos no Pacífico, 10% dos oceanos sufocados por ondas de calor – não são meros acidentes naturais. São o resultado palpável, o sintoma terminal, de uma máquina de morte chamada capitalismo. Este sistema, fundado na acumulação infinita de lucro, é intrinsecamente predatório. Ele transforma tudo – florestas, oceanos, a própria atmosfera – em mercadoria a ser explorada até o esgotamento. A lógica do crescimento perpétuo, indispensável ao capital, é biologicamente impossível num planeta finito. As emissões descontroladas, a extração insana de recursos, a poluição industrial desenfreada, são não falhas do sistema, mas seu modus operandi essencial. O recorde de temperatura do mar é o termômetro calibrado pela ganância corporativa.

A tragédia no Pacífico, com milhões forçados a abandonar suas terras por ciclones intensificados e elevação dos mares, expõe o rosto brutal do colonialismo ambiental inerente ao capitalismo globalizado. As nações insulares e comunidades costeiras, que menos contribuíram historicamente para as emissões de carbono, são as primeiras e mais violentamente atingidas. Enquanto isso, as megacorporações de combustíveis fósseis e os Estados industrializados, principais responsáveis pelo caos climático, continuam a lucrar obscenamente e a financiar novas explorações. O sistema protege seus agentes e transfere o custo humano e ecológico para os mais vulneráveis, os “descartáveis” do Sul Global. O deslocamento em massa não é um efeito colateral; é a externalização planejada do custo da acumulação capitalista.

A ilusão perigosa do “capitalismo verde” ou do “desenvolvimento sustentável” é apenas mais uma engrenagem na máquina de destruição. São falsas soluções de mercado – créditos de carbono, energias “limpas” controladas por monopólios, tecnologias mirabolantes – que servem para manter intactas as estruturas de poder e acumulação. Elas não questionam a necessidade fundamental de expansão infinita e consumo desenfreado; apenas tentam pintar de verde o mesmo modelo insustentável, criando novas fontes de lucro enquanto o planeta continua a arder. Os ciclones que devastam o Sudoeste da Ásia não serão contidos por painéis solares vendidos por megacorporações. Esta é uma cortina de fumaça para perpetuar o controle e adiar a ação radical necessária.

Diante dessa realidade, é uma insanidade acreditar que reformas dentro do sistema capitalista podem deter a catástrofe. A ação climática significativa exige o desmantelamento imediato da indústria de combustíveis fósseis, o fim da produção desnecessária de mercadorias, uma profunda redistribuição de riqueza e uma reorganização radical da vida em torno das necessidades comunitárias e ecológicas, não do lucro. O capitalismo, por sua própria natureza, é incapaz de realizar isso. Ele só compreende a linguagem do crescimento e da exploração. Portanto, a luta ecológica verdadeira é, inevitavelmente, uma luta revolucionária anticapitalista. Defender a Terra significa atacar as raízes do poder que a destrói: o Estado que a protege e o capital que a devora.

A única esperança reside na ação direta, na organização autônoma das comunidades, na desobediência massiva e na construção de alternativas horizontais e libertárias agora. Devemos sabotar as máquinas da destruição – dos gasodutos às mineradoras – e criar zonas de resistência e autonomia onde a vida, não o lucro, seja o valor supremo.

A destruição do capitalismo não é um desejo vingativo; é uma necessidade ecológica absoluta, o pré-requisito para qualquer chance de sobrevivência coletiva neste planeta. Os 1,4 milhões de deslocados no Pacífico são as vítimas de hoje. Se não destruirmos a máquina que os esmaga, seremos todos as vítimas de amanhã. A Terra não negocia; ela se rebela. Ou nos rebelamos com ela, abolindo o capitalismo, ou perecemos com ele.

Federação Anarquista Capixaba – FACA

CINECLUBE EM MIMOSO DO SUL/ES!

Companheiros e companheiras,
convidamos todas e todos os trabalhadores para mais uma edição do nosso cineclube, um espaço de encontro, reflexão e resistência coletiva! No dia 04 de julho de 2025, às 20 horas, em Mimoso do Sul/ES, exibiremos o filme Nós que aqui estamos por vós esperamos, uma potente obra que nos faz pensar sobre a memória, o trabalho e a luta dos que vieram antes de nós.

Venham somar força, construir debate e fortalecer a cultura libertária! As inscrições podem ser feitas pelo e-mail fedca@riseup.net.

Porque a luta também se faz com imagens, ideias e solidariedade!

Federação Anarquista Capixaba – FACA

Relato: O Rugido Antifascista Ecoou Forte no Oldskull!

A noite de sábado, 28 de junho de 2025, transformou o Oldskull Bar em muito mais do que um palco – foi uma trincheira sonora vibrante, um território livre pulsante no coração de Vila Velha/ES. Conforme convocado pela Federação Anarquista Capixaba (FACA), xs companheirxs compareceram em bom número, ocupando as ruas e erguendo uma poderosa barricada de som contra a podridão do Estado e os rangidos da velha máquina capitalista.

O evento foi um sucesso incontestável, marcado pela energia crua e pela fúria libertária. Os acordes cortantes de Punk Rock e Hardcore não foram meras notas musicais; foram tijolos arrancados dos muros da opressão, cada música um manifesto incendiário contra a domesticação e o conformismo. O ar vibrou com a intensidade da ação direta em ondas sonoras, transformando o espaço num verdadeiro campo de batalha cultural.

Mais do que um show, foi um ato de resistência coletiva. O grito antifascista e anticapitalista ecoou alto e claro mais uma vez, rompendo as correntes do tédio e incendiando os ouvidos com sua recusa visceral de ser governado. Sob o lema irredutível “SEM DEUS, SEM PATRÃO!”, o povo mostrou que, das ruínas do conformismo, só se ergue um soco no estômago do sistema.

Federação Anarquista Capixaba (FACA) reafirma: nas ruas não haverá trégua. O evento/ato deste último sábado é a prova viva de que a luta continua, sonora e incansável. A barricada está de pé!

Federação Anarquista Capixaba – FACA