Para Além do Estado e do Capital: A Urgência dos Sonhos por Inteiro!

Camaradas, nós, anarquistas, erguemos nossa voz contra a tirania de todos os senhores e contra a mediocridade de todas as revoluções parciais. Rejeitamos com todo o nosso ímpeto a vã promessa dos marxistas, leninistas, estatistas, capitalistas, etc, que nos oferecem meras migalhas de emancipação em troca de nossa submissão a um novo mestre: o Estado. Seja na versão burocrática da “ditadura do proletariado”, seja na falácia reformista do capitalismo regulado, todos eles pregam a mesma heresia: a de que a liberdade pode ser administrada, parcelada e distribuída por um poder central. Nós rasgamos esse contrato de escravidão! Não queremos os sonhos parcelados desses traficantes de ilusões. QUEREMOS SONHOS POR INTEIRO!

Esses “sonhos parcelados” são uma armadilha perversa. Os marxistas-leninistas prometem um futuro comunista, mas seu método é a conquista do aparelho estatal, a criação de uma nova classe de burocratas e a perpetuação da lógica do poder. Eles trocam o patrão privado pelo patrão estatal, a exploração capitalista pela exploração estatal. O seu sonho é um pesadelo autoritário, onde a liberdade individual é esmagada em nome de um coletivo forjado pela coerção. O Estado, em qualquer forma que se apresente, é inimigo da autogestão e da livre associação. É a negação da revolução social, pois substitui a iniciativa direta do povo pelo decreto de uma minoria que se julga iluminada.

Da mesma forma, o capitalismo, em sua fase mais selvagem ou em sua máscara social-democrata, só nos oferece o sonho parcelado do consumidor. Ele nos vende a ilusão de liberdade através da posse de mercadorias, enquanto nos rouba a autonomia real sobre nossas vidas e nosso trabalho. O seu “sonho” é um pesadelo de alienação, onde nos tornamos apêndices da máquina de produção e consumidores de nossa própria miséria. O capital e o Estado são as duas faces da mesma moeda opressora; um não pode existir sem o outro. O Estado garante a propriedade privada dos meios de produção e a hierarquia social, enquanto o capital sustenta o poder econômico que alimenta o aparato estatal.

Portanto, nossa luta não é por um Estado “melhor” ou por um capitalismo “mais justo”. Nossa luta é pela abolição pura e simples de ambos! QUEREMOS SONHOS POR INTEIRO: sonhos de uma sociedade onde a autogestão seja o princípio organizador de baixo para cima; onde as comunidades livres federem-se voluntariamente; onde o trabalho seja uma atividade criativa e não uma condenação; e onde a solidariedade substitua a competição. Queremos a materialização de um mundo novo, onde cada indivíduo seja senhor de seu próprio destino, cooperando livremente com seus iguais, sem a sombra opressora de governos, polícia, exércitos ou patrões.

O caminho para este mundo não passa pelas urnas do Estado ou pela tomada de seu palácio. Passa pela ação direta, pela organização horizontal, pelo apoio mútuo e pela construção aqui e agora, nas entranhas da velha sociedade, dos embriões do mundo novo. É na greve selvagem, na comuna autônoma, no coletivo de produção, na ocupação e em toda forma de resistência que negamos o poder e afirmamos a vida. Não pedimos permissão para ser livres. Tomamos nossa liberdade com nossas próprias mãos. A nós, anarquistas, cabe a tarefa gloriosa de sonhar o impossível para conquistar o real: um mundo sem Estado e sem capital. À ação, pois! Pela revolução social e pela liberdade total

Liberto Herrera.

English Translation:

Beyond the State and Capital: The Urgency of Whole Dreams!

Comrades, we anarchists raise our voices against the tyranny of all masters and against the mediocrity of all partial revolutions. With all our impetus, we reject the vain promise of Marxists, Leninists, statists, capitalists, etc., who offer us mere crumbs of emancipation in exchange for our submission to a new master: the State. Whether in the bureaucratic version of the “dictatorship of the proletariat” or in the reformist fallacy of regulated capitalism, they all preach the same heresy: that freedom can be administered, parceled out, and distributed by a central power. We tear up this contract of slavery! We do not want the partial dreams of these traffickers of illusions. WE WANT WHOLE DREAMS!

These “partial dreams” are a perverse trap. The Marxist-Leninists promise a communist future, but their method is the conquest of the state apparatus, the creation of a new class of bureaucrats, and the perpetuation of the logic of power. They exchange the private boss for the state boss, capitalist exploitation for state exploitation. Their dream is an authoritarian nightmare, where individual freedom is crushed in the name of a collective forged by coercion. The State, in whatever form it presents itself, is the enemy of self-management and free association. It is the negation of social revolution, for it replaces the direct initiative of the people with the decree of a minority that considers itself enlightened.

In the same way, capitalism, in its most savage phase or in its social-democratic mask, only offers us the partial dream of the consumer. It sells us the illusion of freedom through the possession of commodities, while it steals from us real autonomy over our lives and our work. Its “dream” is a nightmare of alienation, where we become appendages of the production machine and consumers of our own misery. Capital and the State are the two sides of the same oppressive coin; one cannot exist without the other. The State guarantees the private property of the means of production and the social hierarchy, while capital sustains the economic power that feeds the state apparatus.

Therefore, our struggle is not for a “better” State or for a “more just” capitalism. Our struggle is for the pure and simple abolition of both! WE WANT WHOLE DREAMS: dreams of a society where self-management is the organizing principle from the bottom up; where free communities federate voluntarily; where work is a creative activity and not a condemnation; and where solidarity replaces competition. We want the materialization of a new world, where every individual is master of their own destiny, cooperating freely with their equals, without the oppressive shadow of governments, police, armies, or bosses.

The path to this world does not pass through the State’s ballot boxes or the seizure of its palace. It passes through direct action, through horizontal organization, through mutual aid, and through building here and now, within the bowels of the old society, the embryos of the new world. It is in the wildcat strike, in the autonomous commune, in the production collective, in the occupation, and in every form of resistance that we deny power and affirm life. We do not ask for permission to be free. We take our freedom with our own hands. To us, anarchists, falls the glorious task of dreaming the impossible to conquer the real: a world without a State and without capital. To action, then! For the social revolution and for total freedom.

Liberto Herrera.

Al Español:

Más Allá del Estado y del Capital: ¡La Urgencia de los Sueños Enteros!

Camaradas, nosotros, los anarquistas, alzamos nuestra voz contra la tiranía de todos los amos y contra la mediocridad de todas las revoluciones parciales. Rechazamos con todo nuestro ímpetu la vana promesa de marxistas, leninistas, estatistas, capitalistas, etc., que nos ofrecen meras migajas de emancipación a cambio de nuestra sumisión a un nuevo amo: el Estado. Ya sea en la versión burocrática de la “dictadura del proletariado” o en la falacia reformista del capitalismo regulado, todos predican la misma herejía: que la libertad puede ser administrada, parcelada y distribuida por un poder central. ¡Rasgamos ese contrato de esclavitud! No queremos los sueños parcelados de esos traficantes de ilusiones. ¡QUEREMOS SUEÑOS ENTEROS!

Esos “sueños parcelados” son una trampa perversa. Los marxista-leninistas prometen un futuro comunista, pero su método es la conquista del aparato estatal, la creación de una nueva clase de burócratas y la perpetuación de la lógica del poder. Cambian al patrón privado por el patrón estatal, la explotación capitalista por la explotación estatal. Su sueño es una pesadilla autoritaria, donde la libertad individual es aplastada en nombre de un colectivo forjado por la coerción. El Estado, en cualquier forma que se presente, es enemigo de la autogestión y la libre asociación. Es la negación de la revolución social, pues sustituye la iniciativa directa del pueblo por el decreto de una minoría que se cree iluminada.

De la misma forma, el capitalismo, en su fase más salvaje o en su máscara socialdemócrata, sólo nos ofrece el sueño parcelado del consumidor. Nos vende la ilusión de libertad a través de la posesión de mercancías, mientras nos roba la autonomía real sobre nuestras vidas y nuestro trabajo. Su “sueño” es una pesadilla de alienación, donde nos convertimos en apéndices de la máquina de producción y consumidores de nuestra propia miseria. El Capital y el Estado son las dos caras de la misma moneda opresora; uno no puede existir sin el otro. El Estado garantiza la propiedad privada de los medios de producción y la jerarquía social, mientras el capital sustenta el poder económico que alimenta el aparato estatal.

Por lo tanto, nuestra lucha no es por un Estado “mejor” o por un capitalismo “más justo”. ¡Nuestra lucha es por la abolición pura y simple de ambos! QUEREMOS SUEÑOS ENTEROS: sueños de una sociedad donde la autogestión sea el principio organizador de abajo hacia arriba; donde las comunidades libres se federen voluntariamente; donde el trabajo sea una actividad creativa y no una condena; y donde la solidaridad reemplace a la competencia. Queremos la materialización de un mundo nuevo, donde cada individuo sea señor de su propio destino, cooperando libremente con sus iguales, sin la sombra opresora de gobiernos, policía, ejércitos o patrones.

El camino hacia este mundo no pasa por las urnas del Estado ni por la toma de su palacio. Pasa por la acción directa, por la organización horizontal, por el apoyo mutuo y por la construcción aquí y ahora, en las entrañas de la vieja sociedad, de los embriones del mundo nuevo. Es en la huelga salvaje, en la comuna autónoma, en el colectivo de producción, en la ocupación y en toda forma de resistencia donde negamos el poder y afirmamos la vida. No pedimos permiso para ser libres. Tomamos nuestra libertad con nuestras propias manos. A nosotros, los anarquistas, nos corresponde la tarea gloriosa de soñar lo imposible para conquistar lo real: un mundo sin Estado y sin capital. ¡A la acción, pues! Por la revolución social y por la libertad total.

Liberto Herrera.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *